As tradicionais vendedoras de tacacá e comidas típicas que atuam nas vias públicas da capital tiveram a oportunidade de receber da Prefeitura de Belém, orientações sobre como alavancar os negócios e as boas práticas de manipulação de alimentos. As orientações ocorreram no Portal do Trabalhador da Secretaria Municipal de Economia (Secon) e contou com o apoio do Departamento de Vigilância Sanitária (Devisa/Sesma), Banco do Povo e Sebrae.
“O trabalhadores e trabalhadoras informais são agentes fundamentais para o aquecimento da nossa economia. A Prefeitura de Belém sabendo disso, está atuando tanto nas orientações para a qualidade dos serviços e aumento da renda, como também no incentivo à formalização para que nossos permissionários tenham direitos essenciais de um trabalhador, como aposentadoria, auxilio saúde e pensão por morte. Essa dignidade deve atingir a todos”, destacou o secretário municipal de Economia, Apolônio Brasileiro.
Orientações
De acordo com a palestrante e médica veterinária da Devisa/Sesma, Maria Helena Batista da Silva, as principais abordagens na palestra sobre Manipulação de Alimentos estão focadas na higiene pessoal e dos equipamentos, armazenamento dos alimentos e descartes adequado dos resíduos, entre outros, sempre na busca de garantir a segurança de quem consume os alimentos e também delas mesmas como profissionais”, observou a técnica da Devisa.
Márcia Helena Barros trabalha há 20 anos como tacacazeira no Complexo Turístico Ver-o-Rio. A permissionária da Secon disse que as orientações são fundamentais tanto para o Círio de Nazaré quanto para o IV Festival das Tacacazeiras, que este ano acontece nos dias 29 e 30 de setembro e 1º de outubro, no Ver-o-Rio.
“Muito bom saber que a Prefeitura de Belém está nos dando esse suporte, assim todas as tacacazeiras já estarão com a carteira de manipulação de alimentos e com toda a orientação para fazer um lindo Festival”, disse a vendedora.
Empreendedorismo para a COP- 30
“A parceria da Prefeitura de Belém com o Sebrae, por meio da Sala do Empreendedor, é fundamental nesse momento de preparação para a COP-30, prevista para novembro de 2025, aqui na capital. Estamos juntos trabalhando para o incentivo ao empreendedorismo local, a exemplo do que o Sebrae fez em Salvador com as vendedoras de acarajé, incentivando na padronização dos equipamentos e na capacitação profissional. As vendedoras de tacacá também são nosso patrimônio e, por isso, estamos dispostos a dar todo o apoio possível”, destacou o analista da Agência de Negócio Metropolitano do Sebrae, Mauro Pereira.
De acordo com a presidente da Associação das Tacacazeiras e Vendedoras de Comidas Típicas de Belém (Astacom), Ivonete Pantoja, uma das principais conquistas da categoria será a melhoria e padronização dos equipamentos para a grande movimentação da cidade na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.
“Contamos com essa ajuda para investir nos nossos carrinhos dentro das adequações sanitárias exigidas que estamos aprendendo aqui. Queremos ter a oportunidade de financiar nossos equipamentos para oferecer o melhor para os nossos clientes”, disse a tacacazeira, que está na segunda geração de venda de comidas típicas na Avenida Nazaré.
Crédito Solidário
O Banco do Povo de Belém participou do encontro com as tacacazeiras também para contribuir com as ações da Prefeitura junto às permissionárias. “Estamos colocando à disposição dessas mulheres análise das linhas de crédito para melhorar os negócios e também os cursos de capacitação ofertados pelo Banco do Povo, através do Programa Donas de Si, para que elas possam escolher o que melhor encaixam no perfil profissional delas”, destacou a Coordenadora-Geral do Banco do Povo de Belém, Georgina Galvão.
Fonte: REDEPARÁ
Foto: Roberta Corrêa
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