A decisão da Assembleia Geral (AG) de não prolongar em uma semana o prazo de inscrição de chapas para a disputa eleitoral do Paysandu, que ocorrerá em dezembro, foi repudiada pela Reconstruir com Transparência, grupo de oposição à atual gestão do clube. A chapa, que havia feito a solicitação, decidiu não recorrer e iniciar uma batalha judicial, desistindo do pleito em 2020.
Com isso, apenas duas chapas disputarão as eleições gerais do Paysandu em dezembro: a União Fiel, que representa a situação e tem à frente o atual vice-presidente, Maurício Ettinger; e a Raiz, encabeçada pelo ex-presidente Luiz Omar Pinheiro, que comandou o clube entre 2008 e 2012.
Cada chapa contém: presidente e dois vices da Diretoria Executiva (Direx); presidente, 1° e 2° vice-presidentes e 1° e 2° secretários da Assembleia Geral. Este ano também serão eleitos 25 membros efetivos do Conselho Deliberativo e 25 suplentes; cinco membros efetivos do Conselho Fiscal e três suplentes.
A votação será presencial e está marcada para ocorrer no dia 3 de dezembro, com urnas eletrônicas cedidas pela Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA).
Chapa explica recusa de sugestões da AG
A solicitação de prorrogação das inscrições ocorreu na última terça-feira, pelo advogado Alexandre Pires, alinhado ao grupo integra a Reconstruir. A justificativa foi o delicado estado de saúde do candidato à presidência pela chapa, Antônio Maciel, que acabou falecendo horas depois por complicações da Covid-19.
Na argumentação para indeferir o pedido da Reconstruir com Transparência, a Mesa Diretora da Assembleia Geral bicolor afirmou que ofereceu duas possibilidades para a inscrição da chapa dentro do prazo: fazê-la mesmo que sem a assinatura do candidato à presidência, a ser acrescentada quando possível; ou a posterior substituição do cabeça da chapa. Ambas foram recusadas pelo grupo.
Na nota encaminhada ao ge Pará já durante a noite desta quinta-feira, o grupo alega que, caso tivesse aceitado alguma das duas opções, “aí sim, estaríamos ferindo de morte o Estatuto Social do Paysandu Sport Club em seu art. 72, caput e seus parágrafos, sendo tal ato passível de impugnação e/ou indeferimento, o que vai de encontro com os princípios norteadores da nossa Chapa”.
Leia a nota divulgada pela Reconstruir
A Chapa Reconstruir com Transparência informa que recebeu o resultado do seu pedido de prorrogação de prazo para a inscrição da chapa, solicitada para a Mesa Diretora da Assembleia Geral.
A Mesa diretora da AG por sua vez, resolveu por Indeferir o nosso pleito, mesmo ele sendo extraordinário e imprevisível, haja vista que o nosso candidato a presidente veio a falecer.
Além do mais, rechaçamos de imediato a proposta feita pela AG de inscrição sem a assinatura do candidato a presidência, pois aí sim, estaríamos ferindo de morte o Estatuto Social do Paysandu Sport Club em seu art. 72, caput e seus parágrafos, sendo tal ato passível de impugnação e/ou indeferimento, o que vai de encontro com os princípios norteadores da nossa Chapa.
Desta forma, estamos fora da disputa eleitoral do Paysandu.Gostaríamos ainda, de agradecer a todos que participaram e apoiaram o nosso projeto de ver um Paysandu forte e reconstruído. Seguiremos torcendo pelo maior clube da Amazônia e mantendo sempre viva a memória do nosso mestre Antônio Maciel, mas sempre cobrando e criticando, dentro daquilo que estabelece o Estatuto Social do clube.
Saudações Bicolores, Fiel.
Fonte: G1
Foto: Elivaldo Pamplona/O Liberal
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